Descubra a origem real do Papai Noel e como sua história inspira valores que atravessam gerações. Um convite do Colégio Natureza para resgatar a magia do Natal, entender o passado e viver o presente com mais humanidade.
O fim do ano chega, as luzes começam a piscar pela cidade, as crianças fazem lista de presentes e… alguém sempre solta aquela frase: “Ah, Papai Noel não existe!” Mas será mesmo? Ou será que essa afirmação simplifica demais uma história muito mais rica, simbólica e encantadora do que parece? Neste texto, queremos te convidar a viajar pela origem do bom velhinho, compreender quem inspirou sua figura e refletir sobre por que continuar acreditando…não necessariamente em trenós voadores (embora fosse incrível!), mas na magia que cada símbolo natalino carrega.
Assim como fazemos no Colégio Natureza, este é um convite para olhar o passado com atenção, aprender com ele e trazer seus significados para o presente.
Um homem real deu origem ao Papai Noel
Antes de ser o personagem que atravessa o céu com renas, Papai Noel foi uma pessoa real.
Seu nome? São Nicolau de Mira, também chamado de Nicolau Taumaturgo. Ele viveu entre os séculos III e IV na região onde hoje fica a Turquia. Filho de uma família rica, perdeu os pais cedo e decidiu colocar sua herança a serviço de quem mais precisava.
Generoso, discreto e profundamente preocupado com o bem-estar das crianças, São Nicolau ficou famoso por atos de bondade que se espalharam de boca em boca. O episódio mais conhecido envolve três irmãs pobres sem dinheiro para o dote. Para garantir que elas tivessem uma vida digna, Nicolau deixou anonimamente sacos de moedas nas janelas ou, dentro das meias deixadas para secar, segundo algumas versões.
Reconheceu alguma semelhança com a tradição moderna? Pois é. Presentes discretos, meias penduradas e a alegria de transformar vidas já estavam lá, muito antes de existirem shoppings decorados e luzes LED.
Mas não para por aí: entra em cena um deus nórdico muito famoso
Outra raiz importante da figura do Papai Noel vem da mitologia nórdica. Odin, o pai dos deuses, sábio e velho, de barba longa e aparência austera, era celebrado durante o festival de Yule, o solstício de inverno.
Durante as celebrações, ele visitava casas e deixava doces e presentes para crianças, montado em seu cavalo de oito patas, Sleipnir. As crianças, por sua vez, deixavam botas cheias de cenouras ou feno para alimentar o animal. Em troca, recebiam pequenos presentes pela chaminé.
Agora pense: botas → meias.
Sleipnir → renas (oito patas também!).
Odin → velhinho barbudo de espírito generoso.
A associação não é coincidência. Quando o cristianismo se espalhou pelo Norte da Europa, muitos costumes foram reinterpretados. É por isso que São Nicolau e elementos de Yule se misturaram, formando o início da figura moderna que conhecemos como Santa Claus (ou Sinterklaas, nos Países Baixos).
Da Europa aos Estados Unidos: quando o mito ganha cara nova
O Papai Noel como conhecemos hoje, um senhor barrigudo, sorridente, com roupa vermelha, botas pretas e cinto largo, não nasceu assim. A transformação visual começou com o poema “A Visit from Saint Nicholas” (também conhecido como “Twas the Night Before Christmas”), publicado em 1823. O texto descrevia um velhinho alegre que viajava em um trenó guiado por renas e entregava presentes na véspera do Natal.
Mas o mundo precisava de uma imagem marcante. E foi aí que entrou alguém que entende muito bem de branding: a Coca-Cola.
Nas décadas de 1920 e 1930, a marca contratou o artista Haddon Sundblom para criar campanhas natalinas. Ele redesenhou o Papai Noel, deixando-o simpático, acolhedor, vestido de vermelho, com aquela expressão calorosa que se tornou universal.
A partir dali o visual foi adotado no planeta inteiro. Assim, o personagem que nasceu da generosidade de um santo e da mitologia nórdica ganhou seu look atual graças à publicidade. Mais uma prova de que a comunicação bem-feita transforma percepções, algo que valorizamos bastante no Colégio Natureza.
E o que tudo isso tem a ver com a educação? Tudo.
A história do Papai Noel é um excelente exemplo de como conhecer o passado nos ajuda a compreender o presente. Ela mostra que símbolos não surgem do nada. Eles são construídos aos poucos, misturando culturas, valores e necessidades humanas que se repetem ao longo dos séculos: cuidar, presentear, alegrar, celebrar.
No Colégio Natureza, acreditamos que aprender História não é decorar datas, mas sim entender processos, contextos e sentidos. Isso vale tanto para grandes acontecimentos quanto para tradições que fazem parte da nossa infância.
Ao explicar às crianças de onde vem o Papai Noel, abrimos espaço para refletir sobre a importância da generosidade; o valor das histórias que atravessam gerações; o impacto que culturas diferentes têm sobre nós; a magia que só a infância é capaz de mostrar e que o adulto, às vezes, precisa reaprender.
Afinal, Papai Noel existe ou não existe?
Depende de que tipo de existência estamos falando. Ele existiu como pessoa, existiu como lenda nórdica, existe como símbolo cultural, existe como memória afetiva. E, mais do que tudo isso, existe sempre que escolhemos praticar a generosidade, cultivar o encantamento e construir memórias boas para as crianças e para nós mesmos.
O Papai Noel é, antes de qualquer coisa, um lembrete: todos nós já fomos crianças. E não precisamos perder a capacidade de acreditar.
“Ao longo do ano, nossas práticas pedagógicas incentivam a curiosidade, o pensamento crítico e o olhar atento para o mundo. E o Natal é mais uma oportunidade de aprender sobre cultura, tradição, humanidade e sobre como nossas atitudes constroem futuros melhores”, diz Maria Teresa, diretora pedagógica do Colégio Natureza.
Para saber mais sobre a origem do Papai Noel acesse: https://brasilescola.uol.com.br/natal/historia-papai-noel.htm.

